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Quem foi a 1ª mulher a dirigir um carro?

Bertha Ringer nasceu em 1849 e recebeu o sobrenome Benz após se casar com o engenheiro Carl Benz, em 1872. Nessa época poucas mulheres tinham acesso à educação, mas ela vinha de uma família rica, o que lhe permitiu contrariar os costumes. Bertha se interessava por mecânica e desde cedo demonstrou curiosidade em saber mais também sobre engenharia, mecanismos diversos e ciências. E foi assim que logo se interessou pela invenção de seu pretendente, Carl, uma carruagem sem cavalos, quando eles se conheceram em 1870.

Após o casamento, Carl usou o dote de Bertha para investir em sua empresa, a Benz & Cie, concluindo o projeto inovador em 1886. Porém, havia muita relutância das pessoas na época em aceitar ou investir nesse veículo, que parecia perigoso e desnecessário.

Muito além de ser apenas a esposa de Carl Benz, Bertha era determinada e estava pronta para fazer algo inusitado para provar a utilidade do Motorwagen. Assim, ela se tornou pioneira e lembrada até hoje por seus feitos e melhorias no que viria a ser a indústria automotiva.

O feito…

Sem autorização ou mesmo conhecimento prévio do marido do que pretendia fazer, Bertha acordou bem cedo no dia 5 de agosto de 1888, pegou os dois filhos e empurrou o Motorwagen até se afastar o suficiente da casa para ligar o motor sem despertar Carl, que ainda dormia. Deixou para ele um bilhete dizendo que passaria uns dias com sua mãe, para que não se preocupasse.

Assim que foi possível, ligou o motor e deu início à jornada rumo à casa de sua mãe. O objetivo era percorrer os cerca de 100 km que separava as cidades de Mannheim e Pforzheim. Ela seguiu acompanhada dos dois filhos: Richard e Eugen, de 13 e 15 anos de idade. Bertha tinha então 39 anos.

É importante destacar que, naquela época, não havia estradas asfaltadas nem sinalizações. Por isso, Bertha seguiu o caminho marcado no solo pelas carruagens e cavalos para não se perder.

Ela se preparou e planejou a viagem por muitos dias. Mesmo assim, surgiram vários problemas ao longo do caminho que exigiram o conhecimento prévio de Bertha em mecânica. Aliás, ela acompanhou o marido desde os primeiros test-drives do modelo, de modo que sabia as falhas mais comuns e como resolvê-las.

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